quarta-feira, 25 de abril de 2012

Irão


Após a influência e intervenção ilegal da NATO na Líbia que terá expandido o raio de acção das facções radicais islâmicas, a mobilização militar no Golfo Pérsico e estreito de Ormuz tem vindo a aumentar no último mês com uma deposição bélica de 430  Tomahawks na zona. Não obstante a intensa campanha internacional contra o Irão efectuada há vários meses, na qual já vimos imensa propaganda contraditória e não sustentável em tantos momentos sobre uma eventual bomba atómica já construída e/ou um projecto de energia nuclear desenvolvido para esse fim, o chefe das forças armadas Israelita referiu hoje que  Ayatollah Ali Khamenei, Líder do Irão, ainda não decidiu sobre a construção da bomba atómica e que não acredita que optará por esse caminho! 


Com vários cenário futuros em aberto, é impossível não recordar a história recente da propaganda prévia à invasão de Iraque e Afeganistão, assim como à intervenção militar na Líbia.

Recordemos que à semelhança do Iraque e da sua inocência à propaganda efectuada antes da sua invasão relativamente a armas biológicas, a IAEA - Agência Internacional de Energia Atómica-  no relatório elaborado em Novembro de 2011 não provou a existência de material e actividades nucleares não declaradas pelo Irão. Contudo, não consegue provar a sua total inexistência, pelo que mantém a preocupação sobre um cenário possível: "(...) the Agency is unable to provide credible assurance about the absence of undeclared nuclear material and activities in Iran"; "The Agency has serious concerns regarding possible military dimensions to Iran's nuclear programme". 


Face à propaganda e sanções aplicadas sobre o Irão, a militarização crescente, a falta de provas da IAEA e a história recente, estará iminente nova invasão sobre o Irão? Será o "Scenario Planning" da Rockefeller Foundation avançado pelo Nuno há uns dias um indício de mais uma "false flag" (operações conduzidas por governos, corporações ou outras organizações que aparentam ser realizadas pelo inimigo de modo a tirar partido das consequências resultantes) como tem sido frequente no séc XX e XXI?

Cinicamente e apesar de Israel ser um dos países com papel mais activo na propaganda, ameaça e aplicação de sanções ao Irão, não é apenas suspeita (obviamente que ninguém duvida) de ter desenvolvido ilegalmente entre 75 a 400 bombas atómicas desde a sua fundação em 1948, como nunca assinou o tratado de não proliferação de armas nucleares* de 1968 e nunca permitiu que a IAEA fizesse inspecções no seu território!É correntemente um dos 4 países mundiais que nunca assinaram o acordo e consequentemente não vigiados internacionalmente e in loco, juntamente com o Paquistão, a Índia e a Coreia do Norte (esta última assinou mas retirou-se posteriormente) .



É importante referir também que o Irão é actualmente o único país com petróleo e outros grandes recursos em posição geograficamente estratégica que não se encontra minimamente aberto e/ou controlado pelas grandes multinacionais e bancos internacionais, o que tem sido variável importante nas últimas campanhas militares. Iraque, Afeganistão e Líbia (embora com algumas diferenças) eram outros casos relevantes.

Tendo em conta a pressão a que estão a ser alvo é mais um sinal de que ainda não têm a bomba atómica, pois os países que os têm não sofrem, por senso comum,  ameaças de invasão iminente constantes (o caso da Coreia do Norte é um bom exemplo).


*os conceitos centrais do tratado são:
1- não -proliferação de armas nucleares
2 - desarmamento
3- o direito ao uso pacífico da tecnologia nuclear.





Liberdade com verdade

Hoje festeja-se a liberdade! Valor e condição inerente a uma existência que muito valorizo e não dispenso. Contudo, a história do Estado Novo, o 25 de Abril e o modo como se desenvolveu e aplicou a democracia desde 1974 é em muitos aspectos diferente do que aprendemos nos livros de escola. Nesse âmbito, festejando a verdade e a democracia, deixo-vos um excerto do livro Histórias secretas da PIDE/DGS com pequenas grandes verdades sobre a ditadura e a democracia em que vivemos, aplicáveis ao plano nacional e internacional. Esta obra é importante para vermos o que foi a história do fim da ditadura e da democracia em Portugal até à contemporaneidade e permite fazer várias analogias com o estado em que o país está. Permite-nos também conhecer melhor a esquerda e a direita portuguesa, as políticas de expansionismo das grandes potências mundiais, os motivos da defesa das ex-colónias e verificar muita da propaganda leccionada desde o ensino básico ao secundário e como se ocultam informações importantes. É uma obra conotada com o nacionalismo (muitas vezes de forma errada por propaganda de esquerda) mas de leitura obrigatória para qualquer pessoa que se queira informar verdadeiramente, uma vez que a verdade não tem ideologia (tal como posso recomendar alguns livros de outras ideologias).


"A partir dos anos 60, o terrorismo de esquerda recrudesceu assustadoramente no mundo inteiro. Surgiram vários grupos dispostos a matar e a roubar em nome da ideologia marxista-leninista e seus derivados. Alguns deles eram discretamente apoiados e financiados pelos partidos comunistas locais; outros afirmavam mesmo serem órgãos de acção directa desses partidos. De Lisboa a Berlim, de Bruxelas a Chicago, iniciou-se uma nova era de terror no combate ao Estado. O Baader-Meinhof Gang, as Brigadas Vermelhas, os Weathermen, são exemplos conhecidos de organizações terroristas de esquerda.

Portugal não passou incólume pela vaga terrorista. Para além dos movimentos de libertação em África, o terror vermelho deu que fazer à polícia política na metrópole. Em Março de 1961, Álvaro Cunhal é eleito secretário-geral do Partido Comunista. É sob a sua direcção que o Comité Central decide abandonar a estratégia legalista adoptada anteriormente e recorrer a métodos terroristas para derrubar o Estado Novo. Primeiramente, intensificando os apoios aos movimentos de guerrilha em África; depois, criando e dirigindo na metrópole organizações terroristas. Todavia, os comunistas não foram os primeiros a enveredar por essa via. No primeiro trimestre de 1964, é fundada a Frente de Acção Popular (FAP). Os seus dirigentes, entre os quais se destacava Francisco Martins Rodrigues, eram antigos militantes e dirigentes do Partido Comunista. Contestatários do regime soviético, haviam saído ou sido expulsos do PCP por defenderem abertamente a aproximação ao modelo maoísta.

Em 1967 foi fundada a LUAR, acrónimo de Liga de Unidade e Acção Revolucionária, organização que propunha a realização de acções de guerrilha contra o regime. Com maior dose de realismo e perscrutando as necessidades financeiras da organização, os revolucionários da LUAR, dirigidos por Hermínio da Palma Inácio, decidiram começar a sua luta assaltando a delegação do Banco de Portugal na Figueira da Foz. Era menos arriscado e mais rendoso. Depois, sempre muito atentos às exigências financeiras de tão insigne guerrilha, especializaram-se em roubar os emigrantes portugueses no Luxemburgo. Foram seus dirigentes, para além de Palma Inácio, os senhores José Augusto Seabra, Fernando Echevarria e Emídio Guerreiro, que depois seria secretário-geral do PPD.

Palma Inácio, antigo mecânico da aeronáutica civil, foi preso em 1973 e encontrava-se em Caxias quando se deu o 25 de Abril, sendo libertado dois dias depois. Os seus libertadores consideravam-no um preso político, um combativo lutador antifascista - as acções terroristas são sempre legítimas quando feitas em nome da democracia. Palma lnácio tomou-se então militante destacado do Partido Socialista.

A Acção Revolucionária Armada (ARA) foi criada em Setembro de 1970 como organização subsidiária do PCP. Inicia as suas actividades terroristas no mês seguinte com um atentado à bomba contra o navio Cunene, fundeado no porto de Lisboa. Em Novembro, realiza uma tripla acção através da colocação de bombas na Escola Técnica da DGS, em Benfica; no Centro Cultural da embaixada dos Estados Unidos, na rua Gomes Freire; e nos armazéns do Cais da Fundição, em Santa Apolónia. A benemérita operação provoca um morto e quatro feridos. Quatro meses depois, a ARA ataca à bomba a Base Aérea de Tancos, destruindo aviões e helicópteros militares. Entre Junho de 1971 e Agosto de 1972, leva a cabo outras acções terroristas. Em consequência da detenção de vários membros da organização pela DGS, a ARA suspende as suas actividades em 1973. Os seus operacionais mais activos eram Jaime Serra, Francisco Miguel, Carlos Coutinho e Raimundo Narciso, actualmente deputado à Assembleia da República pelo PS.


 Também em 1970 foram fundadas por Carlos Carneiro Antunes as Brigadas Revolucionárias (BR), na sequência da ruptura definitiva entre a Frente Patriótica de Libertação Nacional e o PCP. Organizadas em células semi-autónomas, financiaram-se através de assaltos a bancos, tanto em Portugal como em França. A sua acção principal foi um atentado à bomba contra as instalações da NATO no Pinhal do Arneiro, em Setúbal, a 7 de Novembro de 1971.

A partir de 1973, as BR passaram a actuar como braço armado do Partido Revolucionário do Proletariado. Alguns dos seus membros foram detidos pela DGS em 1973, o que não impediu que a organização continuasse a desenvolver as suas actividades.

Após o 25 de Abril, sob a direcção de Carlos Antunes e Isabel do Carmo, médica nutricionista que ainda hoje continua por aí a tratar da saúde aos portugueses, as BR actuaram como uma verdadeira milícia da extrema-esquerda. A 24 de Outubro de 1975, por serem obrigadas a entregar as armas, passaram à clandestinidade. O novo regime considerou-as uma manifestação de banditismo e entregou o caso à Polícia Judiciária, que prendeu os brigadistas. Por acórdão lido no 3º Juízo Criminal da Boa Hora, a 9 de Abril de 1980, Carlos Antunes foi condenado a 15 anos de prisão e Isabel do Carmo a 11 anos. Para além destas penas, os réus foram condenados a pagar indemnizações às instituições bancárias assaltadas, num montante de aproximadamente cento e cinquenta mil contos. Ouviram a sentença visivelmente contrariados, os olhos no chão, cravos vermelhos ao peito. Poucos dias depois, o julgamento foi anulado. Os dois foram libertados. Quatro membros das BR colaboraram mais tarde com as Forças Populares 25 de Abril, de Otelo Saraiva de Carvalho.



Nos nossos dias, o terrorismo de esquerda é sempre apresentado pela comunicação social(ista) como uma obra assaz benemérita, de grande alcance humanitário, meia dúzia de homens armados e municiados prontos a matar e a morrer para salvação de todos nós; já o terrorismo de direita (ou sobretudo o que é impropriamente classificado como tal), é visto como uma acção criminosa e atrabiliária, bandos de energúmenos armados até aos dentes para matar a torto e a direito. É um sinal dos tempos.

Quando o Conselho de Administração dos CTT convida o ex-operacional da ARA Jaime Serra para a inauguração de uma nova estação de correios no edifício que o bravo combatente antifascista destruíra à bomba vinte e sete anos antes, condensam-se em acto oficial todas as virtudes democráticas. Quando se vêem os responsáveis por actos terroristas que causaram mortes serem bajulados na televisão por jornalistas apreciados, percebe-se a importância da imprensa livre e pluralista.

 Os terroristas de esquerda mataram em nome da liberdade e da democracia? Isso é bom. Os polícias prenderam-nos em defesa da segurança do Estado Novo? Isso é crime hediondo a exigir severa punição. E deste raciocínio parte-se de modo generalizado para todo o universo político e social. Vivíamos num regime antidemocrático; vivemos num regime democrático. Isto quer dizer que estamos melhor. Há desempregados, marginalizados, drogados, esfomeados, desalojados e desnorteados? Não têm que se lamentar, tanto que se podem queixar sem censura à imprensa e dar dois berros de protesto às portas dos ministérios. Vivem em democracia. Que mais querem eles? ? que é preciso é votar, e referendar, e dialogar, e aceitar como factos inelutavels tudo o que de mal ocorre. Morrer em África num regime autoritário é uma coisa; morrer na Bósnia em democracia é outra ... O que é bom é mau quando o regime é autoritário; o que é mau é bom quando é livremente sufragado pelo povoléu. Um democrata ladrão é sempre melhor do que um autocrata honrado.



Este sistema mecânico de pensamento, que tende a aceitar sem reservas tudo o que emanar da pretensa soberania do povinho, preocupa-se mais com a questão teórica da legitimidade do poder do que com os efeitos práticos da governação. Não vislumbra, por isso, que o Estado é uma categoria histórica. Quaisquer que sejam as formas da sua legitimação, é sempre Estado. Não abdica do monopólio da produção jurídica nem abre mão do monopólio da força. Qualquer Estado moderno é totalitário.

Tendo o monopólio legal da violência, como dizia Max Weber, o Estado exercita muitas vezes essa prerrogativa para alcançar fins políticos e sociais. Assim como a bondade de Deus não poderia ser louvada se não existisse a malvadez do Diabo, também o zelo do Estado não pode ser apreciado se não houver um monstro terrorista, que funciona como uma verdadeira arma do sistema. Em Itália, nos esconderijos das Brigadas Vermelhas, encontraram-se documentos confidenciais, provenientes de organismos policiais, comissariados e até de ministérios, os quais estranhamente nunca haviam sido tomados de assalto pelos terroristas. Em Espanha, o escândalo protagonizado pelo sI. Roldán, ex-director da Guardia Civil, pôs a nú as intimidades entre esta polícia e a ETA, cujos militantes conheciam os movimentos da Guardia e da Polícia Nacional.

Perante uma onda de crime avassaladora sempre apresentada como o mal absoluto, todos os outros males são relegados para um plano secundário: os problemas da educação, da saúde, da habitação, da justiça, são esquecidos. Logo de seguida, o Estado arroga-se o direito de se intrometer na própria vida privada dos cidadãos. Em 1984, a famosa Lei da Segurança Interna só não foi aprovada no parlamento português porque, poucos dias antes da votação, os operacionais da DINFO desmantelaram o aparelho das FP-25 de Abril.


Finalmente, uma outra razão de peso justifica o terrorismo estadual: as acções cometidas sobre a população indefesa podem ser imputadas aos inimigos do sistema (o poder necessita de assinalar um inimigo, como ensinou Carl Schmitt). O exemplo de Stefano delle Chiaie pode aqui ser chamado à colação. Fundador da Avanguardia Nazionale, organização nacionalista italiana de luta contra o regime, delle Chiaie foi acusado de quase todos os atentados perpetrados em Itália desde o final dos anos 60, como o da Piazza Fontana e o da estação de Bolonha. Conheceu primeiro o exílio e depois as penitenciárias do sistema. A Avanguardia foi ilegalizada. Mais tarde, delle Chiaie foi absolvido. Sem que nada ficasse provado até hoje, as suspeitas recaíram sobre o SID, um departamento de serviços secretos do Estado. "

Bruno Oliveira Santos, Histórias Secretas da PIDE/DGS, Nova Arrancada


A verdade vai pois muito além do que é simplesmente divulgada frequentemente. A título de exemplo, Otelo Saraiva de Carvalho esteve ligado à morte de 17 inocentes e ainda reclamou quando foi promovido a coronel em 2009! Porque é que nos primeiros dias da revolução de Abril uma das prioridades do PCP foi enviar os ficheiros da sede da PIDE para Moscovo para que não fossem tornados públicos?Seriam o maior trunfo ideológico para a esquerda pois iriam revelar toda a dimensão opressora do Estado Novo propagandeada até hoje. A resposta estará na possível diferença da propaganda e da realidade, da propaganda comunista sobre os seus líderes e os motivos reais pelo qual estariam presos e não só por serem "anti-regime". Em vez de tantos horrores descrevia tanta verdade de tanta gente que fez carreira política e social pós-25 de Abril à custa do rótulo de combatente pela liberdade (e preso por isso) e que ficaram a ganhar pensões para o resto da vida, muitos dos quais fizeram carreira política até há pouco tempo e que tiveram  relação com a corrupção vigente nestas décadas e influência em muitos dos problemas contemporâneos do país.

Podemos também reflectir sobre o que diria o ficheiro da PIDE sobre  Álvaro Cunhal, a ligação do bando de Argel na morte do Humberto Delgado, da fuga de peniche ou de Jacques Valente, preso por homicídio mas que após o 25 de Abril foi colocado a interrogar os funcionários da PIDE em Caxias. Ou reflectir sobre as milhares de pessoas inocentes que foram presas logo após a revolução e torturadas numa caça às Bruxas e que nunca são recordadas! 

A verdade por vezes é muito inconveniente e a propaganda alimentada a muito custo, conforme vemos diariamente in extremis na política internacional. Hoje revogo a minha crença na liberdade e valores democráticos mas baseados na justiça, equidade, igualdade e transparência! Recordo os que foram abandonados em África, as mortes e a tortura esquecida e abafada de todos os inocentes na luta pela liberdade e após a revolução, em Portugal e também na guerra nas ex-colónias, em muitos aspectos legítima contra milícias armadas e apoiadas (algumas canibais) pela URSS,EUA e a própria esquerda portuguesa.



terça-feira, 24 de abril de 2012

"Wall of Hate"

Hoje irei abordar o Muro da Cisjordânia ou Wall of Hate como é mais frequentemente conhecido. 


O início da aprovação do projecto e sua construção data de 2001 pelo Governo Israelita  e está perto de estar concluído.760 Km (!) de uma muralha de betão que em 10% do território chega aos 8 metros de altura, reforçado por torres de vigilância e checkpoints, isolam 450 000 Palestinianos dentro do seu território(12 % da Cisjordânia encontra-se do lado Israelita da barreira!) . 


Segundo o Estado de Israel, a obra visa promover a entrada de terroristas no seu país. Contudo, a versão palestiniana é trágica: o muro encontra-se construído dentro da sua fronteira, roubando terras férteis e produtivas, inúmeros poços de água vitais e provocando a destruição ilegal de milhares de fogos com a consequente migração forçada de centenas de milhares de palestinianos que viram as suas casas (em solo palestiniano!) serem demolidas e foram alvo de violência.

Esta obra reforça o estado apartheid de Israel e aumenta a dependência económica e energética da Palestina, cuja sustentabilidade como Estado fica seriamente ameaçada e gradualmente impossível de ser auto-suficiente. O crescimento económico e a chegada de ajuda humanitária encontra-se seriamente ameaçada! Este contexto constitui deste modo uma violação grave da  soberania do Estado Palestiniano, assim como dos direitos humanos.
.Já Israel ganha mais terra sustentável para o seu crescimento económico,  expansão dos colonatos e reforça o verdadeiro holocausto que está a promover, o genocídio de um povo. A expansão territorial permite de igual modo assegurar o crescimento e  acessibilidade  entre os colonatos Israelitas ilegalmente construídos e ocupados na Cisjordânia, cuja população supera já o meio milhão!

Tamanha vergonha no séc XXI foi condenada pelo Tribunal Internacional de Justiça de Haia em 2004 que considerou a obra ilegal e decretou a demolição do muro, a restituição das terras ocupadas e o pagamento de indemnizações. Israel, como sempre, gozou da sua impunidade e continuou a construção deste desastre. O seguinte vídeo expõe de modo mais completo este assunto.


O facto de Israel estar prestes a concluir a maior prisão da história da Humanidade - roubando e dividindo o território alheio- não os impede de se acharem dignos de uma tenebrosa moral em que por um lado praticam um genocídio e por outro proclamam-se vítimas do holocausto nazi (e tristemente como se fossem as únicas, gozando de especial privilégio na opressão de terceiros). 


 A título de exemplo, em 2009,aquando da visita do Papa Bento XVI ao memorial do Holocausto em Israel em que defendeu a memória dos judeus mortos na II grande Guerra, foi criticado por não ter usado as palavras "nazi" e "assassinato". Que os subscrevam os assassinados de agora, porque a moral, os crimes de guerra, a violação dos direitos do Homem e a impunidade são diferentes para os que governam Israel. Tamanha hipocrisia é chocante!



Futurologia?

http://www.facebook.com/photo.php?fbid=10150655734028085&set=p.10150655734028085&type=1&theater
 
Não costumo acreditar em futurologia, mas esta gente tem poder e influência suficiente para moldar o futuro...esperemos que não venha a acontecer...

Génesis!

Após vários anos de actividade na blogosfera decidi  com todo o prazer assumir nova cruzada!

Nos últimos anos temos vindo a assistir a acontecimentos internacionais e nacionais de extrema gravidade, interessantes e /ou promotores de debate. A própria contemporaneidade pauta-se por notícias relevantes a um ritmo frenético e muitas delas passam despercebidas. Por conversas com conhecidos, tenho-me vindo a aperceber que muitos pensam em certas realidades do panorama político, social e militar mundial seguindo o vulgo eixo do "bem - mal", transmitido pelos media ocidentais, nos quais o terrorismo constitui um argumento de peso. Esta visão que nos é incutida desde há gerações acentua-se pelo nosso desinteresse, “desinformação” ou informação seleccionada pelos media. Numa vida e sociedade desenvolvidas em que a competitividade e a falta de tempo é uma constante, a informação "de referência" que nos chega pela principal comunicação social - tantas vezes sujeita a lobbies- não se revela muitas vezes a mais isenta. Se bem que hoje em dia felizmente haja bastante informação, fruto dos blogs, internet, telemóveis com vídeo e fotos e outras novas tecnologias, ela carece da necessidade de selecção. Tal facto contrasta com épocas anteriores, em que a “informação alternativa” implicava um maior esforço de mobilização. 


Na contemporaneidade, reina a acessibilidade mas também o excesso. Deste modo, e face ao que tive oportunidade de constatar e partilhar com terceiros, decidi abraçar este projecto em que irei partilhar informação relativamente a certos aspectos que considero fulcrais para se analisar e perceber muito dos acontecimentos que se desenrolam e aconteceram neste nosso planeta e que infelizmente são analisados e propagandeados em massa de maneira diferente à devida. De igual modo, partilharei assuntos dos mais variados temas que ache interessantes, desde a saúde a causas sociais. Ou seja, irei transmitir alguma da informação que tenho conhecimento, de fontes de rápido acesso para que todos a possam visualizar e formular a sua opinião. A minha motivação é apenas pedagógica! 

Advogo o respeito e bondade para com todos os povos e raças, escolhas pessoais ou inerentes à personalidade como a religião ou a orientação sexual, desde que não violem a integridade de terceiros. Defendo a paz e a tolerância para com o próximo. Tal facto  não significa obviamente que seja conivente com quem viola os direitos do Homem e os princípios básicos de ética e cidadania. Defendo o conhecimento, verdade e justiça. Pretendo de igual modo lutar/alertar contra a falsa propaganda e a escabrosa e frequente assunção do militarismo como solução viável para solução de problemas e pior, como veículo de actuação mercenária, fenómeno que se vulgarizou no séc.XX à custa de milhões de vidas.

Desde já estão convidados a partilhar conhecimento e opiniões neste espaço! O meu muito obrigado pelas vossas visitas e contribuição!